Relatório Mundial da Saúde 2013: Enfoque na Pesquisa
No dia 15 de Agosto foi publicado o Relatório Mundial da Saúde. O tema do Relatório este ano é a importância da pesquisa em cobertura universal de saúde, que significa que todos têm acesso a serviços de saúde sem sofrer dificuldades financeiras.
A Directora Geral da Organização Mundial da Saúde, Dra. Margaret Chan, pediu aos países para continuarem a investir em pesquisa local, a fim de desenvolver um sistema de cobertura universal de saúde adaptada à situação de cada país. Com a cobertura universal de saúde, os países podem ajudar a garantir que os cidadãos acedam e utilizem serviços de saúde de que necessitam, sem sofrer dificuldades financeiras quando têm pagar por eles.
A Dra Chan falava em Beijing, capital da República da China, no passado dia 15 de Agosto de 2013 durante o lançamento do Relatório Mundial da Saúde 2013. O relatório incide sobre o papel essencial da investigação no avanço progresso para a cobertura universal.de saúde De acordo com Directora Geral da OMS "a cobertura universal é a melhor maneira de consolidar os ganhos em saúde obtidos durante a década anterior. É um equalizador social, poderoso e a expressão máxima da justiça”
O relatório mostra como os países, ao desenvolver um sistema para a cobertura universal de saúde, pode utilizar a pesquisa para determinar quais as questões de saúde devem ser abordadas, como o sistema deve ser estruturado e como medir o progresso de acordo com a sua situação de saúde específica.
Segundo o relatório, em média, o investimento nacional em pesquisa em países de rendimento baixo e médio, tem vindo a crescer de 5% a cada ano.
Em Moçambique a pesquisa em saúde está sob a responsabilidade do Instituto Nacional de Saúde (INS), que é uma instituição técnico científica subordinada ao Ministério da Saúde. Nos últimos anos há a destacar as seguintes realizações do INS:
A aprovação do Plano Estratégico do INS para o período 2010-2014;
A elaboração da Agenda Nacional de Pesquisa em Saúde;
Abrangência nacional dos seus programas de investigação, ensino, informação e comunicação, referência laboratorial e apoio à vigilância em saúde;
A rápida expansão do quadro do pessoal do INS, duplicando o número de funcionários, e especialmente, crescendo o número de Mestres e Doutores;
O estabelecimento, em colaboração com outras instituições nacionais e estrangeiras, de programas de Mestrado em Ciências de Saúde e em Epidemiologia de Campo;
A expansão do INS para fora da sua sede, com o estabelecimento de centros de investigação na Beira (província de Sofala), no Chókwè (província de Gaza) e no Polana Caniço (arredores da Cidade de Maputo);
O início da construção do novo edifício do INS em Marracuene (Província de Maputo) no primeiro trimestre de 2013.
Segundo a Declaração de Argel os Governos e os Parceiros de Cooperação acordaram em afectar à Investigação e ao reforço das capacidades nessa área pelo menos 2% das despesas nacionais com a saúde e pelo menos 5% da ajuda externa destinada aos projectos e programas de saúde.
Tendo este compromisso como marco de referência, o orçamento actual do INS corresponde a 20% dos fundos que deveriam ser destinados à investigação no Sector Saúde em Moçambique.
Queira encontrar o Relatório neste site: http://www.who.int/whr/en/e a informação adicional sobre a cobertura universal em saúde neste: http://www.who.int/universal_health_coverage/en/index.html